A impermanência é um conceito budista que ensina que tudo é impermanente. Ou seja, nada dura para sempre, pois tudo tem um começo, um meio e um fim, sem exceções.
Momentos vêm e vão. As nossas vidas mudam constantemente, afinal, nada é permanente. Por isso, ficar apegado a coisas e pessoas é um caminho fácil para tristeza, dor e angústia.
O filósofo grego Heráclito, por exemplo, já nos lembrava: “Nenhum homem jamais pisa no mesmo rio duas vezes, pois não é o mesmo rio e ele não é o mesmo homem”.
Portanto, a melhor maneira para ter uma vida mais feliz é abraçando a mudança.
A importância da consciência da impermanência
Cada pessoa enfrenta no dia a dia uma série de atribulações que desafiam o seu bem-estar. Porém, se formos capazes de enfrentar essas situações sabendo que nada é permanente, é mais provável que as tratemos e superemos de uma maneira mais tranquila e positiva.
É claro, queremos que as coisas fiquem exatamente como estão, porque a permanência parece algo seguro. Contudo, essa fé na segurança é uma aposta perigosa, pois qualquer mudança – mesmo que ela seja pequena – tem potencial de gerar ansiedade. Em alguns casos, até mesmo a simples ameaça de perder algo é suficiente para despertar emoções negativas.
Por outro lado, a impermanência permite que as pessoas lidem mais facilmente com tempos difíceis, afinal, a dor ou o sofrimento também não duram para sempre. Aceitar racionalmente que tudo e todos são temporários é um conceito renovador.
O fim do apego
Uma das ferramentas mais poderosas que podemos cultivar para a saúde mental é o desapego. Esse desapego significa essencialmente ter uma vontade de deixar ir; não ficando preso por coisas, situações ou pessoas.
Por mais que as pessoas possam ver o desapego como uma prática do “não se importar com nada”, na verdade, ele tem justamente o efeito contrário: o da valorização. A partir do momento que se pratica ativamente o desapego, o indivíduo passa a dar mais valor para as coisas que ele tem atualmente. Isso vale para empregos, status social, hábitos ou relacionamentos amorosos.
Em um namoro, por exemplo, a pessoa que pratica o desapego passa a procurar mais momentos de qualidade com o parceiro no presente, pois, pode ser que ele não esteja por aqui no dia seguinte.
A emergência da pandemia de Covid foi uma clara lembrança de que tudo pode mudar de uma hora para outra. Eventos adiados, viagens canceladas, economia em queda, empregos perdidos. Uma nova pandemia pode surgir a qualquer momento, sendo pior ainda do que a atual. Então, porque não estar mais preparado mentalmente para a mudança?
Toda situação, seja ela dolorosa ou feliz, traz uma série de oportunidades de autoaprimoramento. Se formos capazes de converter esses altos e baixos da vida em propósito, servindo a si e aos outros ao nosso redor, podemos encontrar sentido em nossas vidas.
Situações negativas são inevitáveis e nenhuma de nossas experiências dura para sempre. Tudo em sua vida, incluindo você mesmo, tem uma data de validade. Por isso, aceitar a impermanência é ter mais inteligência emocional e uma melhor qualidade de vida.
Seu bem-estar merece atenção especializada! Procure sempre um profissional em terapia cognitivo-comportamental para ter o suporte necessário na sua busca por equilíbrio emocional.
Se precisa de ajuda para praticar a impermanência, entre em contato comigo.
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