Muita gente não sabe, mas a dependência química não se resume apenas às drogas ilegais. É possível se viciar em produtos legais, como álcool, nicotina, analgésicos, cafeína, açúcar, entre outros. O vício nessas substâncias tem o poder de afetar o cérebro e comportamento de uma pessoa.
Quando se adquire o vício, a pessoa pode não conseguir resistir ao desejo de usar drogas, não importa quanto dano elas possam causar. A dependência pode afetar muitos aspectos da vida, como finanças, relacionamentos e capacidade de acompanhar as responsabilidades do trabalho ou da escola.
Se você está passando por esse problema, continue a leitura e saiba como um psicólogo pode lhe auxiliar.
A dependência química e a saúde mental
Segundo o Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (LENAD), realizado pelo Instituto Nacional de Ciências e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas (INPAD), mais de 8 milhões de pessoas no Brasil são afetadas pela dependência química.
Geralmente, o uso de drogas e a doença mental coexistem. Em determinados casos, distúrbios mentais ocorrem antes do vício. Por outro lado, a dependência química também pode desencadear ou mesmo piorar os transtornos.
Estresse, depressão, ansiedade, distúrbios alimentares, esquizofrenia e outros transtornos psicológicos são considerados fatores de risco associados ao vício. Ter um ou mais destes fatores não significa que alguém se tornará viciado, mas as chances aumentam.
Embora fatores mentais parecem ter maior influência sobre o vício, a genética da pessoa também pode influenciar na dependência química.
As consequências do vício para o cérebro
O cérebro é programado para fazer o indivíduo a querer repetir experiências que o fazem se sentir bem. Então, você é sempre motivado a fazê-las sempre e repetidamente.
Porém, a dependência química altera o sistema de recompensa natural do cérebro, aumentando o nível do neurotransmissor dopamina, de modo que ele precisará cada vez de mais da droga para ele funcionar.
Com o tempo, seu cérebro se acostuma a essa dopamina extra, gerando um vício incontrolado. Então, será preciso ter mais da substância para obter a mesma sensação de gratificação.
Como consequência, a capacidade de aprender, tomar decisões, julgar situações e lembrar experiências também é alterado. Além disso, outras coisas que a pessoa gosta, como comida ou sair com a família, podem lhe proporcionar menos prazer.
Essas mudanças físicas podem durar muito tempo. Elas podem fazer um indivíduo perder o controle emocional e levá-lo a comportamentos prejudiciais.
O papel do psicólogo
A intervenção psicológica é considerada fundamental no aconselhamento e reabilitação de pacientes dependentes de drogas. O psicólogo ajudará a pessoa a entender a dependência química, identificar as causas e os fatores desencadeantes, além de desenvolver um plano para lidar com ela.
Uma parte essencial da terapia é visualizar o vício em drogas como uma condição médica crônica, tendo como foco principal o de procurar maneiras de interromper o ciclo de dependência e fornecer apoio quando isso ocorrer.
Geralmente, a recuperação é um processo de longo prazo que pode envolver vários esforços. A recaída é considerada parte do processo. A terapia trata da prevenção e gerenciamento do uso recorrente.
O psicólogo também pode ajudar a família de um dependente, fazendo com que pais, irmãos e cônjuges entendam o vício e seu componente emocional relacionado. Ao adotar uma abordagem colaborativa e fortalecedora, o profissional auxilia a família a participar da jornada de cura do ente que possui o vício.
Por isso, ficar livre da dependência química é uma grande conquista. O dependente terá do que se orgulhar ao fim do processo, mas enfrentará um longo caminho até lá. A desintoxicação é apenas o começo de uma longa estrada através do qual ele aprenderá a gerenciar os desejos por drogas e evitar a recaída.
Portanto, se você busca aconselhamento para ficar livre de uma dependência química, marque sua consulta com um psicólogo.
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