Manter um relacionamento saudável requer esforço, flexibilidade e maturidade. Por isso, é preciso abrir algumas concessões e sair da própria arrogância. Você está lidando com outro alguém, outras ideias, outras perspectivas e outras histórias. O vínculo afetivo, bem como a convivência passam por percalços e inseguranças.
Relacionar-se é bom. É importante ter uma relação saudável com a solitude, com o próprio eu interno. No entanto, ter alguém pode ser muito prazeroso em todos os aspectos. É preciso saber lidar para que a relação seja profícua e não enfadonha ou torturante. Sem alongar, vamos às dicas!
1. Saber ouvir
O provérbio popular ensinou que a “palavra é prata, mas o silêncio é ouro”. Pois é, conseguimos ler com presteza os sentimentos do outro quando temos intimidade. Nem sempre proferir mil palavras se faz necessário.
Ouvir o parceiro é entender suas necessidades, colocar-se no lugar dele e compreendê-lo. É preciso agir com racionalidade e controlar a ira. Ser sempre um inquisidor acabará declinando a relação.
2. É preciso distância para o relacionamento saudável
“A ausência temporária faz bem, porque a presença constante torna as coisas demasiado parecidas para que possam ser distinguidas”. Este excerto de Karl Marx ilustra bem o efeito da distância. Ela torna as coisas menos monótonas e mais dinâmicas. As relações precisam de estímulos.
Calma! Eu não estou falando aqui que você terá que migrar para Inglaterra e o seu parceiro para o Japão. Entenda a distância como espaço. Sem se debruçar no clichê de que é necessário fazer joguinhos do tipo “não vou mandar mensagem para não parecer sempre disponível”. A distância inferida aqui é tempo.
Não é saudável viver a vida do parceiro. É enfadonho e desinteressante nunca ter algo novo para contar. O bom do relacionamento é dividir experiências para poder potencializá-las posteriormente. É gostoso sentir saudade e mostrar que há confiança, logo, você não precisará ficar ligando toda hora para o seu amado.
3. Não tente moldar o outro
Todo mundo já leu a frase: “Nunca tente mudar o outro”, mas mudar é um processo normal e indeclinável. Agora, moldar o outro à sua maneira é insucesso.
Quando enxergamos no parceiro uma fórmula para nossa felicidade a frustração será certeira. É preciso aceitar a plenitude de quem está com a gente e dialogar sempre, claro.
4. Tenha autoestima
Conforme já foi descrito, não é saudável viver a vida de alguém. É de suma importância internalizar que uma relação só é saudável quando há amor-próprio.
Quando nos amamos somos leves e confiantes e, além do mais, transmitimos isso para quem está perto. Depositar o próprio júbilo na mão de alguém é ser um peso eterno para essa pessoa.
5. Aceite a novidade
Tudo muda, nada permanece estático por muito tempo. Todavia, sua relação poderá ser duradoura se você trouxer estímulos a ela.
Proponha coisas novas — pode ser um passeio simples ou até começar uma atividade física juntos. A novidade concederá um gosto especial para o relacionamento.
6. Cuidado com o ego
Você ama seu parceiro ou ama somente seus desejos? Você o ama porque encontra um pouco de você nele? Pois é, a psicanálise tem uma longa explanação sobre isso. Mas nos ateremos ao simples: um relacionamento saudável tem menos ego e mais compreensão. É preciso olhar profundamente para o parceiro. É necessário entendê-lo e respeitá-lo.
Uma relação afetiva que traz a confiança como sustento terá mais chances de ser duradoura. A confiança nunca é conquistada com gritos e absolutismo. Um relacionamento saudável tem equilíbrio e maturidade. A briga costuma soar interessante nas grandes histórias de amor do cinema, mas na vida real pode trazer consequências sérias.
Mas, se você acredita que o seu relacionamento não tem mais solução, experimente marcar uma consulta com um psicólogo!