Uma crítica construtiva é sempre algo bem-vindo para o nosso crescimento pessoal. Por outro lado, se preocupar demais com a opinião dos outros pode prejudicar sua saúde mental.
Assim como a maioria das outras características que nós humanos temos, se importar com o que outros pensam de nós é uma adaptação evolutiva. Durante a pré-história, se juntar a uma tribo e ser aceito pelo grupo era uma questão de sobrevivência – o que envolvia se preocupar com os pensamentos de terceiros.
Apesar das centenas de milhares de anos que nos separam dos primeiros humanos, continuamos a ser animais sociais. Dessa forma, dar peso às opiniões dos outros ainda é algo natural e inevitável.
A todo momento, estamos sendo julgados por amigos, familiares e parceiros amorosos. E, na era da internet, estamos recebendo críticas de pessoas que nem ao menos conhecemos. Muitas vezes, essa opinião nem é mesmo solicitada por você, mas as pessoas insistem em oferecê-la.
Porém, a opinião dos outros diz mais sobre a outra pessoa do que sobre você. Se preocupar com os pensamentos alheios apenas rouba a sua energia, gera estresse e causa sofrimento emocional.
O problema de se preocupar com a opinião dos outros
A grande questão aqui está na medida. Geralmente, a pessoa que se preocupa demais com o que os outros pensam tem uma personalidade mais perfeccionista e que raramente diz “não”.
Além disso, esta pessoa deixa que terceiros tomem decisões por ela, não estabelece limites em relacionamentos, pede desculpas mesmo quando nada fez de errado, bem como sua paz de espírito depende da aprovação dos outros.
Em casos mais extremos, a pessoa passa a evitar situações sociais, como deixar de ir a uma festa ou fazer uma apresentação pública, simplesmente com medo do julgamento alheio.
Como se livrar dessa preocupação?
A primeira coisa a fazer é adotar um estilo mais estoico, aceitando que as pessoas podem ter opiniões sobre você – sejam elas boas ou ruins – e que você não tem nenhum controle sobre esses pensamentos de terceiros.
Quando alguém lhe oferecer uma crítica – solicitada ou não –, evite o: “Eu pedi sua opinião?”. Simplesmente, agradeça e siga em frente. É claro, reflita se esse feedback é uma oportunidade para você melhorar algum ponto que não tinha considerado antes. Caso contrário – algo comum na maioria das vezes – , ignore a opinião.
Lembre-se: você não precisa agradar todo mundo. Alguém não gostar de você, significa que ela te julgou com base na cultura, experiências e valores dela – algo que você não tem qualquer controle ou responsabilidade.
Mudar a opinião dos outros também é algo quase impossível, principalmente em tempos de relacionamentos virtuais. Embora você não possa controlar como todos a percebem, você pode diminuir sua preocupação e ansiedade sobre isso.
Além disso, desista da busca incessante pela perfeição, pois isso é algo inútil e impossível de ser alcançado. Todo mundo tem pontos positivos e negativos. Com paciência e resiliência, você encontrará pessoas que se conectam com você, não pelos seus pontos positivos ou negativos, mas pelo “conjunto da obra”.
E, se uma tentativa de relação não der certo, siga em frente. Afinal, o mundo tem mais de 7 bilhões de pessoas. É altamente improvável que você não seja aceito por outras pessoas.
É crucial lembrar que buscar apoio é um sinal de força, não de fraqueza. Se você se identifica com a preocupação excessiva com a opinião dos outros e sente que isso está afetando sua qualidade de vida, considerar a orientação de um psicólogo especializado em terapia cognitivo comportamental, pode ser um passo significativo em direção ao seu bem-estar emocional.
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