O perfeccionismo é uma característica de personalidade que pode trazer não apenas vantagens, mas também inúmeros desafios para as pessoas. Na prática, ele é uma tendência a estabelecer padrões excessivamente altos para si mesmo, buscando constantemente o melhor em todas as áreas da vida.
Por mais que esse comportamento possa oferecer alguns benefícios – como a busca por excelência e a motivação para melhorar –, ele também pode levar a uma série de problemas, tanto para o perfeccionista quanto para as pessoas do seu convívio.
Os riscos do perfeccionismo
De forma geral, a busca incessante pela perfeição pode levar a pessoa a desenvolver altos níveis de estresse. Isso ocorre porque ela acaba experimentando uma pressão constante para atingir padrões muito altos, além de enfrentar o medo constante de falhar ou ter um baixo desempenho.
O perfeccionista pode sentir-se sobrecarregado por essa pressão de ser perfeito e, como resultado, pode adiar ações por medo de não atingir suas próprias expectativas. Isso pode levar a uma diminuição da produtividade e ao aumento do estresse, afetando negativamente a realização de tarefas e projetos.
Invariavelmente, esse estresse acaba se estendendo a familiares, colegas de trabalho ou de faculdade. Em tarefas compartilhadas, por exemplo, o perfeccionista passa a pressionar os demais a ter o mesmo “padrão de excelência” que ele impõe a si mesmo. Tal comportamento acaba sendo um catalisador para tensões e conflitos. O medo de não conseguir atingir os altos padrões estabelecidos pelo perfeccionista também pode resultar em uma falta de produtividade de toda uma equipe.
Por outro lado, o perfeccionismo também pode levar a uma autoestima frágil, o que o torna dependente da aprovação dos outros. Esse sentimento de inadequação pode levar a pessoa a precisar de um feedback constante dos demais.
O perfeccionismo pode levar ainda a pessoa a ter um quadro de ansiedade, pois ela está constantemente se esforçando para atingir metas impossíveis de serem alcançadas.
Convivendo com alguém perfeccionista
É preciso entender que o perfeccionismo pode estar enraizado na personalidade da pessoa, não sendo algo fácil de se mudar. Por isso, tente praticar a empatia e se coloque no lugar do perfeccionista e entender que essa busca incessante pela perfeição pode ser resultado de suas próprias inseguranças e medos de falhar.
Em vez de partir para confrontação, experimente ajudar o perfeccionista a se tornar mais consciente de seus padrões e expectativas irrealistas. Ou seja, encorajá-lo a refletir se seus padrões de “perfeição” são realmente razoáveis e alcançáveis.
Além disso, incentive o perfeccionista a valorizar os pequenos passos e conquistas alcançados, em vez de apenas o resultado final perfeito. Isso pode ajudar a reduzir a pressão e a ansiedade associadas à busca pela perfeição não apenas nele, mas também nas pessoas ao redor.
Finalmente, tente estabelecer uma conversa sincera e honesta com a pessoa. Expresse suas preocupações e pontos de vista. Porém, evite críticas excessivas ou julgamentos, mas sem esquecer de deixar claro como o perfeccionismo da pessoa pode afetar sua vida e dos demais.
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