A birra é um comportamento comum entre crianças de 1 a 3 anos de idade. Geralmente, ela se manifesta na forma de choramingos, choros ou gritos. Porém, há também aqueles que costumam chutar, bater ou prender a respiração.
Por mais que as birras tirem os pais do sério, elas são uma parte absolutamente normal e importante no desenvolvimento infantil. O comportamento é a maneira que elas demonstram que estão chateadas ou frustradas.
A birra ocorre porque as habilidades linguísticas das crianças ainda não estão totalmente desenvolvidas, o que impede delas dizerem o que querem, sentem ou precisam, principalmente durante uma experiência frustrante.
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Gestão de sentimentos
É claro, crianças mais velhas também podem ter ataques de birras. Isso pode ocorrer porque elas não aprenderam maneiras mais apropriadas de expressar ou gerenciais os seus próprios sentimentos.
Geralmente, as explosões ocorrem quando elas estão preocupadas, envergonhadas, com medo ou raiva. Por isso, muito além de reprimir a birra, os pais precisam ter empatia e guiar os filhos em como gerenciar esses sentimentos.
Se o pai ou mãe também ficarem com raiva, isso tornará a situação mais difícil para os pais e também para o filho. Por isso, ao falar, mantenha a voz calma e nivelada e aja deliberada e lentamente.
Tratando as birras
A ideia é reconhecer os sentimentos do filho, ficar presente no momento da birra, mas não dar-lhe o que ele quer. É nesses momentos que ele precisa entender o que é a frustração, de que as coisas nem sempre ocorrem da maneira ou no momento que queremos.
Embora não haja uma maneira certa de lidar com uma birra, a maioria dos especialistas concorda sobre o que não funciona. No topo da lista do “não faça” estão gritar e bater.
Soluções de curto prazo, como subornar, implorar e ceder, também são estratégias ruins. Se você ceder, estará recompensando a birra e garantindo que ela aconteça novamente.
Por outro lado, quando as crianças sabem que “não” significa “não” e quando os pais reagem com calma e consistência quando seus filhos começam os ataques de birra, todos se sentem mais felizes e mais no controle. Novamente, o seu papel é de “guiar” e não ferir emocionalmente a criança.
Muitas vezes, o melhor caminho é não fazer nada. Se o seu filho estiver fazendo birra, tente ignorá-lo, a menos que ele esteja colocando em perigo fisicamente a si mesmo ou aos outros. Neste caso, pare-o imediatamente e remova-o da situação.
E quando a birra passar, elogie seu filho por recuperar o controle. Esse é um momento importante para ele aprender que é amado mesmo por não ter tido um bom comportamento.
Como reduzir a probabilidade de birra
Felizmente, existem coisas que você pode fazer para tornar as birras menos prováveis de acontecer, como reduzir o estresse da criança, evitando que elas fiquem cansadas, famintas ou superestimuladas demais.
Se você estiver ciente dos sentimentos de seu filho, poderá perceber quando grandes sentimentos estão a caminho. Você pode falar sobre o que está acontecendo e ajudar seu filho a lidar com sentimentos difíceis.
Tente identificar os gatilhos que podem levar a uma birra. Por exemplo, se a birra ocorre no mercado, leve a criança para as compras apenas depois que ele tiver tirado uma soneca e feito um lanche.
Finalmente, fale sobre emoções com a criança, nomeando o sentimento e quais as consequências dele.
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